quinta-feira, 23 de maio de 2013

Saúde no Brasil é caso de polícia


Não é de hoje que a saúde no Brasil tem sido vista como alvo de críticas e até fonte de piadas e programas de humor. Apesar dos avanços "ditos" pelo governo nos últimos anos, ainda estamos muito longe daquilo que seria um SUS de qualidade. A grande novidade, no entanto, não é esse problema histórico, o câncer generalizado que toma conta de nossos hospitais públicos, mas nos deparamos também atualmente com problemas na rede privada como mal atendimento médico, filas quilométricas e ausência de cobertura de planos de saúde.
Nunca imaginei que um dia plano de saúde fosse deixado para atrás, mas é o que vejo hoje, afinal, nenhum médico quer atender um paciente por apenas sete reais a consulta. E se falta quem atenda pelo plano e faltam profissionais no sistema público de saúde, resta a todos correrem para as clínicas e hospitais privados que mais parecem pertencer ao SUS quando nos deparamos em sua frente com filas que vão até o quarteirão ao lado.
É incrível como vivemos em um país que apenas nos primeiros cinco meses do ano já arrecadou mais de quinhentos bilhões de reais em impostos, mas não é capaz de atender com dignidade sua população. Mais incrível ainda é saber que essa nação onde falta dinheiro, ou melhor, dizem faltar, para melhorar a saúde, sobra para estádios de futebol bilionários, os quais irão alegrar a tela do PLIN PLIN. Mas como é bom saber quem enquanto meu parente padece sem médico no hospital da minha cidade, Dilma injeta bilhões na Copa do Mundo, para vermos um jogador fazer um gol e Galvão Bueno gritar: ÉÉÉÉÉ do Brasilllllll!!!!"
Perdoem-me se estou sendo errado, mas gastar bilhões para um jogador por uma bola numa trave e deixar milhões de pessoas padecendo em leitos e corredores de hospitais é uma vergonha sem igual. Nessas horas, preferia não ter nascido brasileiro.

Por João Paulo Lima
Foto: Google Imagens

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