domingo, 24 de agosto de 2014

Não façamos da eleição religião

Algumas pessoas andam escolhendo seu voto para presidente a partir da quantidade de missas que o candidato vai ou se é católico ou evangélico.
 Pois bem. Digo a vocês que escolher um candidato a partir da quantidade de missas que participa, de terços que reza, de cultos que frequenta ou se sabe ou não fazer o sinal da cruz, nunca indicará se essa pessoa será um bom gestor público.
Orar é fácil e até relógio tem hora. Ação é que é difícil. Eduardo vivia nas missas e está sendo investigado por caixa 2 no uso de seu avião que o vitimou. Marina é evangélica e está perdendo seus princípios e ideologias políticas pela ganância do poder. Dilma mal sabe fazer o sinal da cruz e dizem que apoia o aborto, embora eu honestamente não tenha isso confirmado.
Mas lembrem-se: há muitos que pregam e poucos que fazem. Muitos falam de humildade e vivem em residências de luxo. Falam de amor e vivem de ódio. Falam de acabar com a corrupção e puseram em seu governo diversos familiares no poder.
A questão não é o credo do candidato, mas a ação. Cada um vote em quem achar melhor, mas não fiquemos aqui fazendo uma Guerra Santa.
Dilma pode não saber o sinal da cruz, mas com Lula tirou 20 milhões da pobreza. Acho que isso é ser cristão, ajudar os fracos, os pequeninos, como Cristo dizia. O governo dela é corrupto? Bom, há corruptos dentro, assim como há padres dentro da Igreja corruptos, cardeais, bispos e o próprio Papa tem nos alertado sobre isso. Sem falar de algumas igrejas evangélicas que usam da boa fé do povo para arrecadar milhões em dízimo com espetáculos teatralizados.
Vamos falar menos de fé na política e mais de ação e proposta. Afinal, quem julga também será julgado, especialmente os que vivem dentro das igrejas.
Já dizia Dom Hélder, meu santo rebelde preferido: "Há mais hipocrisia nos que julgam, que nos que são julgados".


Por João Paulo Lima 

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