sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Poder do Rosário

"A Santíssima Virgem, nestes últimos tempos nos quais vivemos, deu nova eficácia à récita do Rosário. Tal, que nenhum problema, não importa quão difícil possa ser, temporal ou sobretudo espiritual, na vida pessoal de cada um de nós, das nossas famílias...que não possa ser resolvido com o Rosário. Não existe nenhum problema, vos digo, não importa quão difícil possa ser, que não possamos resolver com a oração do Rosário. "

                                                                                 Irmã Lúcia dos Santos







As 15 Promessas de Maria Santíssima aos devotos do Rosário 

1. A todos aqueles que recitarem o meu Rosário prometo a minha especialíssima proteção.
 2. Quem perseverar na reza do meu Rosário, receberá graças potentíssimas.
 
3. O Rosário será uma arma potentíssima contra o inferno, destruirá os vícios, dissipará o pecado e derrubará as heresias.
 
4. O Rosário fará reflorir as virtudes, as boas obras e obterá às almas as mais abundantes misericórdias de Deus.
 
5. Quem confiar-se a Mim, com o Rosário, não será nunca oprimido pelas adversidades.
 
6. Quem quer que recitar devotadamente o Santo Rosário, com a meditação dos Mistérios, se converterá se pecador, crescerá em graça se justo e será feito digno da vida eterna.
 
7. Os devotos do Meu Rosário na hora da morte, não morrerão sem sacramentos.
 
8. Aqueles que rezam o Meu Rosário encontrarão, durante sua vida e na hora de sua morte, a luz de Deus e a plenitude das suas graças e participarão aos méritos dos abençoados no Paraíso.
 
9. Eu libertarei, todos os dias, do Purgatório, as almas devotas do Meu Rosário.
 
10. Os verdadeiros filhos do Meu Rosário, gozarão de uma grande alegria no Céu.
 
11. Aquilo que se pedir com o Rosário se obterá.
 
12. Aqueles que propagarem o Meu Rosário serão por mim socorridos em todas as suas necessidades.
 
13. Eu consegui do Meu Filho que todos os devotos do Rosário tenham, por irmãos em sua vida e na hora de sua morte, os Santos do Céu.
 
14. Aqueles que recitarem o Meu Rosário fielmente serão todos filhos meus amadíssimos, irmãos e irmãs de Jesus.
 
15. A devoção do Santo Rosário é um grande sinal de predestinação.


As Bênçãos pelo Rosário

1. Os pecadores serão perdoados.
2. As almas áridas serão restauradas.
3. Aqueles que estão acorrentados terão suas correntes rompidas.
4. Aqueles que choram encontrarão felicidade.
5. Aqueles que são tentados encontrarão paz.
6. O pobre encontrará ajuda.
7. Os religiosos serão corretos.
8. Aqueles que são ignorantes serão instruídos.
9. O ardente aprenderá a superar o orgulho.
10. Os defuntos ( as almas santas do purgatório ) terão alívio em suas penas do sufrágio.


Os Benefícios do Rosário

1. Gradualmente nos dá uma perfeita consciência de Jesus.
2. Purifica nossas almas, lava o pecado.
3. Dá-nos vitória sobre todos nossos inimigos.
4. Torna-nos fácil a prática das virtudes.
5. Faz arder em nós o amor do Senhor.
6. Enriquece-nos de graças e méritos.
7. Provém-nos o que é necessário para pagar todos os nossos débitos a Deus e aos irmãos; e, finalmente, obtém de Deus, todos os tipos de graças para nós.



As indulgências a serem recebidas

1. Os fiéis, quando quer que recitem o Terço podem obter:
  • Uma indulgência de 5 anos
  • Uma indulgência plenária se o fizerem nas mesmas condições, por um mês inteiro.
2. Se rezarem o Terço em companhia de outras pessoas, em público ou particular, poderão obter:
  • Uma indulgência de 10 anos, uma vez ao dia.
  • Uma indulgência plenária no último Domingo de cada mês, com o acréscimo da Confissão, da Comunhão e da Visita a uma Igreja, se fizeram tal oração pelo menos três vezes em quaisquer das semanas anteriores.
No entanto, se recitarem o Terço juntamente com um grupo de família, além da parcial indulgência de 10 anos, podem obter:
  • Uma indulgência plenária duas vezes por mês, se fizerem esta oração diariamente, por um mês, forem à Confissão, receberem a Comunhão e visitarem uma Igreja.
Os fiéis que cotidianamente rezam o Terço com devoção em um grupo de família, além das indulgências já concedidas no ponto 1. podem obter também uma indulgência plenária sob as condições de Confissão e Comunhão todos os Sábados, em dois outros dias da semana e em todas as Festas da Santíssima Virgem Maria do Calendário: Imaculada Conceição, A Purificação de Nossa Senhora, Nossa Senhora de Lourdes, Anunciação, As sete dores (Sexta-feira Santa), A Visitação, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora das Neves, Assunção, O Coração Imaculado, A Natividade de Maria, Nossa Senhora das Dores, O Santíssimo Rosário, A Maternidade de Maria, A Apresentação da Santa Virgem.
3. Aqueles que devotadamente rezam o Terço na presença do Santíssimo Sacramento, publicamente exposto ou mesmo guardado no sacrário, na mesma freqüência que fazem isto podem obter:
  • Uma indulgência plenária, em condição de Confissão e Comunhão.
Os fiéis que em qualquer momento do ano devotadamente oferecem as suas orações em honra de Nossa Senhora do Rosário, com a intenção de continuarem a fazê-lo por 9 dias consecutivos, podem obter:
  • Uma indulgência de 5 anos, uma vez, em qualquer dia da novena.
  • Uma indulgência plenária na condição do término da novena.
Os fiéis que desejarem fazer uma prática devota em honra de Nossa Senhora do Rosário por 15 Sábados ininterruptos ( ou se nesses sendo impedidos, em cada Domingo imediatamente seguinte) se devotadamente recitam pelo menos um Terço do Rosário ou meditam sobre os Mistérios em qualquer outro modo, podem obter:
  • Uma indulgência plenária em qualquer destes 15 Sábados, ou Domingos correspondentes, nas mesmas condições.
Os fiéis que no mês de Outubro recitam pelo menos um Terço, em público ou privado, podem obter:
  • Uma indulgência de sete anos a cada dia.
  • Uma indulgência plenária, se cumprem esta prática na Festa do Rosário e em toda a Oitava (oito dias seguintes), e além disso, se confessam, recebem a Comunhão e visitam uma Igreja.
  • Uma indulgência plenária com acréscimo de Confissão e Comunhão e visita a uma Igreja, se cumprirem esta oração do Rosário por pelo menos 10 dias depois da Oitava da Festa de Nossa Senhora do Rosário.
Uma indulgência de 500 dias pode ser obtida uma vez por dia pelo fiel que, beijando um Rosário bento, que traga consigo, reze ao mesmo tempo, recitando a primeira parte da Ave Maria até "Jesus".


Fonte:amigosdenossasenhora.ig.com.br

        As 7 dores de Nossa Senhora

        ORAÇÂO INICIAL
        Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores. Vosso Divino Filho tem vinculado à devoção de vossas Dores, particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos, Senhora, de vosso Divino Filho, pelos méritos de vossas Dores e Lágrimas a graça...
        1º.) Pela dor que sofreste ao ouvir a profecia de Simeão de que uma espada de dor transpassaria o vosso coração, Mãe de Deus, ouvi a nossa prece. AVE-MARIA... GLÓRIA...
        2º.) Pela dor que sofreste quando fugiste para o Egito, apertando ao peito virginal o Menino Jesus, para o salvar da fúria do ímpio Herodes, Virgem Imaculada ouvi a nossa prece. AVE-MARIA... GLÒRIA...
        3º.) Pela dor que sofrestes quando da perda do Menino Jesus por três dias, Santíssima Senhora, ouvi a nossa prece. AVE-MARIA... GLÓRIA...
        4º.) Pela dor que sofrestes quando viste o querido Jesus com a cruz ao ombro, a caminho do Calvário, Virgem Mãe das Dores, ouvi a nossa Prece AVE-MARIA... GLÓRIA...
        5º.) Pela dor que sofreste quando assististes à morte de Jesus, crucificado entre dois ladrões, Mãe da Divina Graça, ouvi a nossa prece. AVE-MARIA... GLÒRIA...
        6º.) Pela dor que sofreste quando recebestes em vossos braços o corpo inanimado de Jesus, descido da Cruz, Mãe dos Pecadores, ouvi a nossa prece. AVE-MARIA... GLÓRIA...
        7º.) Pela dor que sofrestes quando o corpo de Jesus foi depositado no sepulcro, ficando Vós na mais triste solidão, Senhora de Todos os Povos, ouvi a nossa prece. AVE-MARIA... GLÓRIA...
        ORAÇÂO FINAL
        Dai-nos, Senhora, a graça de compreender o oceano de angústias que fizeram de Vós a " Mãe das Dores", para que possamos participar de vosso sofrimento e Vós consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrar-mos convosco no céu. Amém.
        Devocionário do G.O.Milícia de São Miguel - 2ª Edição

        A Devoção dos Cinco Primeiros Sábados

         

                    ... Disse Nossa Senhora de Fátima, no dia 13 de Junho de 1917.
                  "A quem abraçar esta devoção, Eu prometo a salvação."

        De Fátima - Portugal à Pontevedra - Espanha:

        O cumprimento do Segredo. Ao descrever as aparições e ao explicar a mensagem de Pontevedra, falaremos apenas das palavras pronunciadas por Nossa Senhora a 13 de Julho de 1917. São palavras concisas, mas muito ricas em significado:
        "Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas ... virei pedir ... a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados de cada mês."
               Portanto, é este o primeiro "Segredo de Maria" que nós devemos descobrir e entender. É uma forma segura e fácil de arrancar as almas aos perigos do inferno: primeiro, as nossas almas; e também as dos nossos próximos; e até as almas dos maiores pecadores – porque a misericórdia e o poder do Imaculado Coração de Maria não têm limites.

        I. Pontevedra: As Aparições e a Mensagem

               Dia 10 de Dezembro de 1925: a Aparição do Menino Jesus e de Nossa Senhora
               Na noite de quinta feira, 10 de Dezembro, logo depois do jantar, a jovem postulante Lúcia, que tinha apenas 18 anos, voltou à sua cela. Foi ali que recebeu a visita de Nossa Senhora e do Menino Jesus. Escutemos a sua narração (escrita na terceira pessoa):
               "A 10 de Dezembro de 1925, apareceu-lhe a Santíssima Virgem e, a Seu lado, suspenso numa nuvem luminosa, o Menino Jesus. A Santíssima Virgem pousou a mão no ombro de Lúcia e, nesse momento, mostrou-lhe um Coração cercado de espinhos que tinha na outra mão. Ao mesmo tempo, disse o Menino:
        ‘Tem pena do Coração de tua Mãe Santíssima, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar’.
        E a Santíssima Virgem disse-lhe:
               "Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação."

        II. A Grande Promessa e as suas condições

               O mais assombroso de Pontevedra é, certamente, a incomparável promessa de Nossa Senhora: "A todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro Sábado ...", cumprirem todas as condições pedidas, "Eu prometo assistir-lhes à hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação". Com generosidade ilimitada, a Santíssima Virgem promete aqui a maior, a mais sublime de todas as graças: a da perseverança final. Ora esta graça, ninguém a pode garantir para si próprio – nem com uma vida inteira de santidade, empregada em oração e sacrifício –, porque se trata de um dom puramente gratuito da Misericórdia Divina. E a promessa é sem nenhuma exclusão, limitação ou restrição: "A todos aqueles que ... Eu lhes prometo ... ".
        1. O Primeiro Sábado de cinco meses seguidos
               "Todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro Sábado ..." Este primeiro requisito do Céu não contém nada de arbitrário, nem nada totalmente novo. Ajusta-se à tradição imemorial da piedade católica que, havendo dedicado as sextas-feiras para recordar a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e honrar o Seu Sacratíssimo Coração, acha perfeitamente natural dedicar os Sábados à Sua Mãe Santíssima. É esta tradição venerável que motivou a escolha do sábado.

        III. O espírito da Devoção de Reparação:

        A Revelação do dia 29 de Maio de 1930
               A Irmã Lúcia estava em Tuy - Espanha nessa época. O seu confessor, o Padre Gonçalves, tinha-lhe feito uma série de perguntas por escrito. Lembramos aqui só a quarta:"Porque hão de ser cinco sábados – perguntou ele – e não nove, ou sete em honra das Dores de Nossa Senhora?" Nessa mesma noite, a vidente implorou a Nosso Senhor que a inspirasse com uma resposta a essas perguntas. Poucos dias depois, ela enviou o seguinte ao seu confessor.
               "Ficando na capela, com Nosso Senhor, parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio de 1930 (sabemos que era seu costume ter uma hora santa das onze à meia-noite, especialmente às quintas-feiras, segundo os pedidos do Sagrado Coração de Jesus em Paray-le-Monial), e falando a Nosso Senhor das duas perguntas, quarta e quinta, senti-me, de repente, possuída mais intimamente da Sua Divina Presença. E, se não me engano, foi-me revelado o seguinte:
               ‘Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria:
        1. As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
        2. As blasfêmias contra a Sua Virgindade;
        3. As blasfêmias contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
        4. Os que procuram publicamente infundir, no coração das crianças, a indiferença, o desprezo e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
        5. Os que A ultrajam diretamente nas Suas Sagradas imagens.
               Eis, Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação ...’

        Fonte: derradeirasgracas.com

        As 12 Promessas do Coração de Jesus



        1ª Promessa: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração”.


        2ª Promessa: “Eu darei aos devotos de meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.” 

        3ª Promessa: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”.
        4ª Promessa: “Eu os consolarei em todas as suas aflições”.

        5ª Promessa: “Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”.
        6ª Promessa: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhose empreendimentos”.
        7ª Promessa: “Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias”.

        8ª Promessa: “As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”.

        9ª Promessa: “As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição".
        10ª Promessa: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”.
        11ª Promessa: "As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no meu Coração”.
        12ª Promessa: “A todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.


        Fonte: Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus
        Aparição de Nossa Senhora das Graças
         França - 1830.


        Onde aconteceu: Na França.

        Quando: Em 1830.

        A quem: A Santa Catarina Labouré.

        As aparições de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré, em 1830 – Paris; marcaram o início de um ciclo de grandes revelações Marianas.

        Esse ciclo prosseguiu em La Salette (1846), em Lourdes (1858) e culminou em Fátima – Portugal (1917).

        Desde 1830 Nossa Senhora se manifesta deplorando os pecados do mundo, oferecendo perdão e misericórdia à humanidade pecadora e prevendo severos castigos caso ela não se convertesse. Mas também anunciando que, após esses castigos, viria um triunfo esplendoroso do Bem.
        Em novembro de 1876, um mês antes de sua morte, Santa Catarina Labouré afirmou:“Virão grandes catástrofes.... o sangue jorrará nas ruas. Por um momento, crer-se-á tudo perdido. Mas tudo será ganho. A Santíssima Virgem é quem nos salvará. Sim, quando esta Virgem, oferecendo o mundo ao Padre Eterno, for honrada, seremos salvos e teremos a paz”.
        E em 13 de julho de 1917, Nossa Senhora prometeu formalmente em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

                                                          # # #

        No ano de 1830 a Imaculada Virgem Maria vem a terra para mostrar e relembrar a seus filhos o caminho que leva a seu Filho e Nosso Senhor Jesus Cristo.
        Ela veio do Céu para trazer-nos um sinal, o seu retrato em uma Medalha bendita derramando Suas Graças aos filhos que pedirem a sua intercessão; e por causa dos seus prodígios e milagres, o povo cristão deu a esta medalha o título de “Milagrosa”.
        A Medalha Milagrosa é um rico presente que Maria Imaculada quis oferecer ao mundo no século XIX, como penhor dos seus carinhos e bênçãos maternais, como instrumento de milagres e como meio, de preparação para a definição dogmática de 1854.
        Foi na comunidade das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, que a Santíssima Virgem escolheu a confidente dos seus desígnios, para recompensar de certo a devoção que o Santo São Vicente de Paulo, sempre teve à Imaculada Conceição de Nossa Senhora, e que deixou por herança aos seus filhos e filhas espirituais.
        O instrumento que a Virgem escolheu para revelar seu desejo chamava-se Catarina Labouré. Ela nasceu em 2 de maio de 1806, na Côte d'Or, na França, e aos 24 anos de idade tomou o hábito das Filhas da Caridade. Noviça ainda, muito humilde, inocente e unida com Deus, era ternamente devota à Santíssima Virgem, a quem escolhera por Mãe que desde pequenina ficara órfã. Ardia em contínuos desejos de ver Nossa Senhora e instava com o seu Anjo da Guarda para que lhe alcançasse este favor.
                   
        1ª Aparição: 18 a 19 de Julho de 1830.

        A primeira aparição ocorreu durante a noite do dia 18 a 19 de julho de 1830. A Virgem Gloriosa apareceu à irmã Catarina Labouré, Filha da Caridade de São Vicente de Paulo.
        Às onze e meia da noite, a irmã Catarina se acordou e ouviu claramente chamar 3 vezes:

        "Irmã".

        Olhou para o lado de onde vinha a voz, afastou a cortinado e viu um menino vestido de branco. Catarina viu nele o seu Anjo da Guarda.
        O menino lhe disse:

        "Venha à capela, a Santa Virgem Te espera".

        Ela vestiu-se depressa e seguiu o Anjo, tendo-o sempre à esquerda.
        As luzes por onde passaram estavam acesas, o que sobre tudo lhe causou admiração; mas muito maior foi o seu espanto quando, ao chegar à capela, a porta se abriu; mal o menino a tocou com a ponta dos dedos.
        Na capela todas as velas estavam acesas. O menino a conduzia ao santuário, junto à cadeira do padre diretor.
        Catarina espera e reza. Passado uma meia hora, o Anjo disse de repente:

        "Eis a Santíssima Virgem".

        Ao lado do altar, onde normalmente se lê a epístola, Maria desceu, dobrou o joelho diante do Santíssimo e vai sentar-se numa cadeira no coro dos sacerdotes.
        Num abrir e fechar dos olhos a vidente se atirou aos seus pés, apoiado suas mãos sobre os joelhos maternais da Santa Virgem. Foi esse o momento mais belo de sua vida. Durante duas horas Maria falou com Catarina duma missão que Deus queria confiar-lhe e também das dificuldades que iria encontrar na realização da mesma.
                 Conta-nos Catarina: 
                    Ela me disse como eu devia proceder para com meu diretor, como devia proceder nas horas de sofrimento e muitas outras coisas que não posso revelar”.
                   Essas coisas que ela não podia contar em 1830, revelou-as depois:
                “Várias desgraças vão cair sobre a França; o trono será derrubado; o mundo inteiro será revolto por desgraças de toda sorte”. Falou também de “grandes abusos”“grande relaxamento” nas comunidades de sacerdotes e freiras vicentinas, e que deveria alertar disso os superiores.
        Voltou, em seguida, a falar de outros terríveis acontecimentos que ocorreriam em futuro mais distante, prevendo com 40 anos de antecedência as agitações da Comuna de Paris e o assassinato do Arcebispo; prometeu sua especial proteção, nessas horas trágicas, aos filhos e às filhas de São Vicente de Paulo.

        Depois Maria desapareceu, e o Anjo a reconduziu para o dormitório.


        2ª Aparição: 27 de Novembro de 1830.

        A Segunda aparição realizou-se no dia 27 de Novembro de 1830, sábado antes do primeiro domingo do Advento. Neste dia, estando a venerável irmã na oração da tarde as 05h30min nessa Capela da Comunidade, rua du Bac, Paris; a Rainha do Céu se lhe mostrou, primeiro, junto do arco cruzeiro, do lado da epístola, onde hoje está o altar " Virgo Potens", e depois por detrás do Sacrário, no altar-mor.
        Depois de Ter lido a primeira parte, "A Virgem Santíssima, - diz a irmã - aparece e estava de pé sobre um globo, vestida de branco, com o feitio que se diz à Virgem, isto é, subido e com mangas justas; véu branco a cobrir-lhe a cabeça, manto azul prateado que lhe descia até aos pés. Suas mãos erguidas à altura do peito seguravam um globo de ouro, encima do globo havia uma cruz... Tinha os olhos erguidos para o céu, e seu rosto iluminava-se enquanto oferecia o globo a Nosso Senhor Jesus Cristo.
        Em seguida o seu pedido foi atendido:
        As Suas mãos carregaram-se à medida que desciam, a ponto de não deixarem ver os pés de Nossa Senhora.

        Enquanto se saciava em contemplá-la, Catarina ouviu uma voz que lhe disse:

         "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que  mas pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.“

        Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, o globo desaparece das suas mãos. Formou-se então em torno da virgem um quadro de forma oval em que havia em letras de ouro estas palavras:

        "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós".

        Então uma voz se fez ouvir que dizia:

        ’'Manda cunhar uma  medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada, receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança. “

        No mesmo instante, a imagem luminosa transformou-se. As mãos carregadas de anéis, que seguravam o globo abaixaram-se, abrindo-se despejando raios, sobre o globo em que a Virgem pousava os pés, esmagando a serpente infernal.
        Depois, o quadro voltou-se, mostrando no reverso um conjunto de emblemas, no centro um grande M, o monograma de Maria, encima do M, por uma cruz sobre uma barra; abaixo do monograma havia dois corações: o da esquerda cercado de espinhos, o da direita transpassado por uma espada.
        Eram os corações de Jesus e Maria.
        Enfim uma constelação de doze estrelas, em forma oval, cercando este conjunto.

        Passaram-se dois anos sem que os superiores eclesiásticos decidissem o que havia de Fazer-se; até que, depois do inquérito canônico, se cunhou a Medalha por ordem e com aprovação do Arcebispo de Paris, Monsenhor Quélen.

        Paris sofria com a peste que dizimava milhares todos os dias e aos doentes nos hospitais onde as Irmãs da Caridade serviam foram distribuídas as primeiras medalhas e os mesmos milagrosamente ficavam curados, daí grande parte do povo na época passou a crer e usar as medalhas e as curas foram incontáveis até os nossos dias; isso justo numa França que na época era o berço do iluminismo e de um materialismo crescente.
        Entre outros prodígios é célebre a conversão do judeu Afonso Ratisbonne, acontecida depois da visão que ele teve na Igreja de Santo Andrea delle Frate, em Roma, em que a Santíssima Virgem lhe apareceu como se representa na Medalha Milagrosa.
        Para logo, começou a espalhar-se com muita rapidez a devoção pelo mundo inteiro, acompanhada sempre de prodígios e milagres extraordinários, reanimando a fé quase extinta em muitos corações, produzindo notável restauração dos bons costumes e da virtude, sarando os corpos e convertendo as almas.

        O primeiro a aprovar e abençoar a Medalha foi o Papa Gregório XVI, confiando-se à proteção dela e conservando-a junto de seu crucifixo. Pio IX, seu sucessor, o Pontíficie da Imaculada, gostava de dá-la como prenda particular da sua benevolência pontífica. Não admira que, com tão alta proteção e à vista de tantos prodígios, se propagasse rapidamente. Só no espaço de quatro anos, de 1832 a 1836, a firma Vechette, incumbida de a cunhar, produziu dois milhões delas em ouro e prata e dezoito milhões em cobre.
        Graças a esta difusão prodigiosa, foi-se radicando mais e melhor no povo cristão a crença na Imaculada Conceição de Maria e a devoção para com tão excelsa Senhora. Este grande privilégio da Virgem Maria foi proclamada dogma em 1854 pelo Papa Pio IX. Logo Nossa Senhora ficou também conhecida por Nossa Senhora da Medalha Milagrosa ou Nossa Senhora das Graças.
        Em 1858, a Virgem Maria veio confirmar essa verdade de fé pelas suas aparições em Lourdes à pequena Bernadette, que trouxe a medalha ao pescoço, Maria se fez conhecer com estas palavras:

        "Eu sou a Imaculada Conceição".

        Em outras aparições subseqüentes a Santíssima Virgem falou a Catarina de Labouré da fundação de uma Associação das Filhas de Maria que depois o Papa Pio IX aprovou a 20 de junho de 1847, enriquecendo-a com as indulgências da Prima-primária. Espalhou-se pelo mundo inteiro e conta hoje com mais de 150.000 associadas.
        Leão XIII a 23 de junho de 1894 instituiu a Festa da Medalha Milagrosa; a 2 de Março de 1897 encarregou o Cardeal Richard, Arcebispo de Paris, de coroar em seu nome a estátua da Imaculada Virgem Milagrosa que está no altar-mor da Capela da Aparição, o que se fez a 26 de julho do mesmo ano. Pio X não esqueceu a Medalha Milagrosa no ano jubilar; a 6 de junho de 1904 concedeu 100 dias de indulgência de cada vez que se diga a invocação: "Ó Maria concebida sem pecado, etc", a todos quantos tenham recebido canonicamente a Santa Medalha; a 8 de julho de 1909 instituiu a Associação da Medalha Milagrosa com todas as indulgências e privilégios do Escapulário azul. Bento XV e Pio XI encheram a Medalha e a Associação de novas graças e favores.

        Hoje, todo o interior da Igreja de Nossa Senhora das Graças em Paris e o pátio externo são cheios das manifestações dos fiéis pelas graças alcançadas, principalmente placas de mármore com a palavra "Merci"- obrigado em francês – e a data, existem placas desde a época em que os primeiros milagres aconteceram, pouco depois da distribuição das primeiras medalhas ao povo, década de 1830.

                                            
                                 SANTA CATARINA LABOURÉ

        Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.
        Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.
        Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações.

        O tempo foi passando, e Catarina crescendo em graça e santidade.
        Certo dia ela sonhou que estava na igreja e viu um sacerdote já ancião celebrando a Missa. Quando esta terminou, o sacerdote fez-lhe um sinal com o dedo, chamando-a para perto de si. Porém, tímida, Catarina retirou-se do recinto sagrado e foi visitar um doente. O mesmo sacerdote apareceu-lhe, e disse: “Minha filha, é uma boa obra cuidar dos enfermos; você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça”. Catarina acordou sem entender o significado do sonho.

        Mais tarde, visitando o convento das Irmãs da Caridade de Chatillon, onde estava sua irmã, viu na parede um quadro representando o mesmo ancião. Perguntou quem era, e responderam-lhe que se tratava de São Vicente de Paulo, fundador da Congregação. Catarina entendeu então que sua vocação era a de ser uma das filhas do Santo da caridade.
        Mas seu pai não queria ouvir falar disso. Já bastava ter dado uma filha a Deus, e ele tinha muito apego a Catarina. Para distraí-la dessa idéia, mandou-a a Paris, para ajudar seu irmão que tinha lá uma pensão. Foi uma provação para a santa ver-se em meio aos rudes fregueses do estabelecimento, o que a fez redobrar as orações para manter sua pureza de coração e o fervor de espírito.
        Uma cunhada a convidou a ir para sua casa, em Chatillon, onde mantinha uma escola para moças. Ali Catarina podia ir freqüentemente ao mosteiro das Irmãs da Caridade, que ficava perto. E foi nessa casa religiosa que ela entrou a 22 de janeiro de 1830, quando seu pai deu-lhe finalmente a devida permissão. Catarina tinha então 24 anos de idade.

        E foi neste mesmo ano de 1830 que Nossa Senhora lhe apareceu mostrando-lhe  a  Medalha  Milagrosa e mandou que a  propagasse. Encontrou primeiro resistência  até  do seu diretor  espiritual, mas afinal  as autoridades  eclesiásticas  convenceram-se  da  verdade das aparições. Muitos milagres, curas de doentes e conversões foram feitas pela Medalha Milagrosa. 

        Catarina, porém,  desejava ficar oculta; como  São João Batista, a respeito de  Jesus dizia:  " Ele  deve  crescer, e eu diminuir",  assim Catarina desejava:  "Maria  deve crescer e  eu diminuir" .   Mas Deus e  Maria Glorificaram a  fiel serva:  Foi ela beatificada  por Pio XI  em  28 de maio de 1933, domingo  entre  Ascensão de  Nosso  Senhor e Pentecostes e  solenemente  canonizada por  Pio XII em  27  de  julho de 1947, e por ordem do Arcebispo, o seu corpo foi exumado.

        Então verificou-se que o seu corpo estava perfeitamente conservado. Até os olhos ficaram intactos. Depositaram-no num caixão de cristal, que foi colocado sob o altar das aparições, na famosa Igreja de Nossa Senhora das Graças na rue du Bac, 140, no centro de Paris.
        Cada ano, milhões de peregrinos se dirigem até lá para implorar a intercessão de Maria Santíssima e da sua confidente a Santa Catarina Labouré.


                  
                             Simbolismo da Medalha Milagrosa


        A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente.

        A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar".
        Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o "novo Adão", juntamente com Maria, a co-redentora, a "nova Eva". É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.

        Os raios: Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.

        As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de Israel.
        Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na oração Ave, Maris Stella.

        O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi Maria quem o formou em seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.

        O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.

        O M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.

                 O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a repetição do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristã

        Fonte: derradeirasgracas.com