Alexandre Caldini
Menos de um mês após assumir a Presidência Executiva do Grupo Abril, Walter Longo anunciou nesta quinta-feira (31) mudanças na cúpula da Editora Abril, que deixa de ter uma Presidência Executiva, com a consequente saída de Alexandre Caldini, e passa a ser gerida por duas diretorias: Editorial, que segue com Alecsandra Zapparoli, e a de Operações, recém-criada, sob o comando de Fábio Gallo, que atuava como diretor de Finanças e Administração. Ambos se reportam a Longo.Gallo passa a responder pelas áreas Comercial (incluindo o Estúdio ABC), Assinaturas, Serviços de Marketing, Casa Cor, TI, Controladoria e Finanças. Na Diretoria Editorial, ficam concentradas as áreas de Estratégia Digital e Apoio Editorial, que se somam às editorias de Veja, Exame, Femininas e Estilo de Vida.
Tiago Afonso, diretor de Marketing, passa a consolidar todas as ações de marketing das empresas do Grupo Abril e também se reporta diretamente a Longo. Ele terá sob sua responsabilidade as áreas ABD (Abril Big Data), Licenciamento e Informações de Mercado. A Gráfica Abril e a DGB, holding de Logística e Distribuição do Grupo, seguem sob o comando de Longo.
Em comunicado, o presidente informou que as alterações na estrutura da Editora têm o objetivo de “ganhar agilidade, simplificar processos e ter mais foco nos resultados. A mudança visa também a maior integração entre as várias empresas e unidades do Grupo Abril”.
Segundo este Portal dos Jornalistas apurou, a saída de Alexandre Caldini da Presidência da Editora Abril e da empresa, em sua segunda passagem por lá, deu-se pela própria necessidade da empresa de diminuir despesas, inclusive nos níveis hierárquicos. E, nessa situação, era previsível, com a chegada de Walter Longo, não haver espaço para um segundo executivo com nível de presidente. Sobretudo pelas diferentes visões de ambos sobre o negócio. Formado em Administração pela PUC-SP e com cursos de Educação Executiva em Insead (França), Harvard University (EUA) e na London Business School (Inglaterra), Caldini foi por dois anos CEO do Valor Econômico e teve passagens por Novartis e Colgate, entre outras empresas.
Nos quase dois anos em que esteve à frente da Editora, promoveu mudanças no modelo de negócios da empresa e esteve à frente de inovações como a criação do Estúdio ABC (Abril Branded Content), do ABD (Abril Big Data) e da construção da nova oferta digital para a empresa. Agora, além de dar sequência à sua carreira de executivo e palestrante, deve aproveitar para concluir seu segundo livro sobre espiritismo.
Em 2014, ele lançou A morte na visão do espiritismo – Um livro para quem quer compreender o que acontece no momento em que morremos e depois (Belaletra), em que deixa de lado o clichê cético de seus pares e mergulha nessa natural e apavorante obviedade da vida; para ele, a morte é nada mais que uma etapa da vida, uma “troca de roupa”.
Fonte: Brasil 247