Passageiros vão em pé de Surubim para Recife em ônibus da empresa 1002, entre eles crianças.
Fotos: João Paulo Lima
Em tempos em que a palavra monopólio começa a desaparecer e a empresas multiplicam-se para oferecer variedade de serviços a população, Surubim e cidades da Zona da Mata Norte e do Agreste Setentrional conta com o monopólio rodoviário da empresa de ônibus 1002, a qual reina sozinha como única prestadora desse tipo de serviço desde a cidade de Carpina até Santa Cruz do Capibaribe.
Ontem, deparei-me com uma situação de desrespeito aos clientes e também descumprimento da lei. O ônibus que saiu de Surubim às 17:00h em direção à cidade de Recife estava superlotado. Durante toda a viagem até Carpina, contamos 17 passageiros em pé, entre eles algumas crianças, as quais estavam sentadas no corredor do veículo.
Não é de hoje que a empresa 1002 mostra problemas em seus serviços. É comum os atrasos das viações vindo de Recife para o interior, que em algumas vezes chega a ser de mais de uma hora de espera. Além disso, o número reduzidos de ônibus para o interior causa grandes transtornos para os usuários. Surubim por exemplo, uma das maiores e mais importantes cidades do interior pernambucano possui poucos horários de veículos saindo para a capital durante o dia. Além disso, não é oferecida nenhuma linha ligando a Capital da Vaquejada a Limoeiro, outro importante polo do Agreste, ficando os passageiros obrigados a viajar apenas de Toyotas.
Sem a presença de outras empresas de ônibus para oferecer seus serviços a cerca de 10 cidades do interior pernambucano, que somam uma população expressiva de cerca de 200 mil habitantes, a 1002 continua a oferecer a seus clientes um tratamento ineficaz e que causa riscos a vida dos usuários, bem como diminui a capacidade de desenvolvimento econômico da região.
Escrito por João Paulo Lima
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