domingo, 15 de março de 2015

15 de março: o dia em que o Golpe de 64 se repete


Foto: Facebook

A mídia brasileira alia-se novamente à eleite nacional e vai às ruas tentar dar um novo golpe, repetindo o dia 31 de março de 1964.
Desde cedo a manipuladora Rede Globo lançou às ruas um exército de repórteres para cobrir em todo o país a meia dúzia de pessoas que verem a sua frente, fazendo sensacionalismo e tentando criar na população uma falsa ideia de que esse golpe maquiado é a vontade democrática do povo.
Interessante que ontem, a Família Marinho apareceu nas manchetes de todos os principais  jornais do país envolvida no escândalo do HSBC e até agora nenhum segundo da programação foi dedicado ao fato na emissora global. Também a Abril, dona da mais tendenciosa revista de fofocas do país, a VEJA, está envolvida nesse escândalo fiscal, além da Folha de S. Paulo e do Grupo Bandeirantes, entre outros.
A mídia que tenta levar as pessoas às ruas para dar um novo golpe na democracia e que fala tanto de corrupção, é a mesma que é corrompida e manda milhões de dólares para os paraísos fiscais suíços.
Aproveitando-se da grave crise instaurada na Petobras e da crise financeira que está vivendo o país ainda devido a crise econômica mundial que dura quase uma década, Globo, VEJA, Folha de São Paulo, PSDB e diversas outras instituiçoes levam as pessoas  alienadas a pensarem que a volta da ditadura e a queda de Dilma seria a solução dos problemas brasileiros.
Quem viveu no período da ditadura e teve sua voz calada, seus direitos constitucionais cassados e sua liberdade de ir e vir roubada,  além de sofrer violência e torturas, sabe bem quais são os males da ditadura que "o povo" quer que volte. O movimento que hoje vemos nas ruas brasileiras, juntando uma meia dúzia de alienados pela mídia e outra meia dúzia de ricos, não é a representação de um povo, muito menos da democracia. O povo já foi às ruas nas eleições presidenciais de outubro de 2014 e disse quem queria e o que queria.  Se não quisessem Dilma e o governo do PT, teria a maioria do brasileiro votado em Aécio. Mas não foi isso que vimos.
Ir às ruas pedir a volta da ditadura não é democracia, é alienação, golpe e retrocesso.

João Paulo Lima
Professor de Geografia, Especialista em Gestão Pública, Poeta e Blogueiro de Surubim - PE

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