quarta-feira, 30 de junho de 2021

Surubim: o São João do apagão

O mês de junho termina e a cidade de Surubim não teve nenhum festejo, não por conta da pandemia da Covid-19, mas pela inércia da prefeitura municipal.

Foto: Blog do Alberico Cassiano/ Reprodução


Pela primeira vez os surubinenses passaram o mês de junho com nenhuma praça ornamentada. Nem mesmo uma simples bandeirola foi colocada nas ruas da Capital da Vaquejada, que era acostumada com o brilho e as belas ornamentações das gestões anteriores.

Em meio à pandemia, quando o povo mais precisa de ver cores nas ruas para tentar buscar alegria em meio a dor, a cidade seguiu apagada, melancólica, diferente de municípios vizinhos como Casinhas, que fez o seu São João online, através de lives, não deixando apagar as tradições populares.

Além de garantir os festejos juninos pelas redes sociais, municípios como Casinhas e Vertente do Lério, dos menores de Pernambuco e com um dos menores Fundo de Participação do Município(FPM) do Brasil, garantiram a antecipação dos salários para o São João e o pagamento de metade do 13º salário dos servidores. Até a publicação dessa matéria, os servidores da Prefeitura de Surubim aguardam a liberação dos seus salários referentes ao mês de junho. Há relatos de funcionários na porta do banco esperando a liberação para quitar sua contas, já que passaram os festejos juninos sem dinheiro no bolso.

É permitido à Prefeitura Municipal pagar apenas no início do mês seguinte os salários? Sim. É o mais sensato? Não. Com a antecipação dos salários os servidores iriam fazer o dinheiro girar e aquecer a economia do município, tão afetada pela pandemia. O comércio ganharia dinheiro, os feirantes e o setor de serviços em geral. Falta planejamento da gestão municipal e sensibilidade, como outros gestores tiveram.

E assim termina o São João dos surubinenses, que  se fosse uma quadrinha junina, rimaria com apagão. Mais uma vez o descaso com o povo surubinense reinou.

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