Após os professores da rede municipal de educação de Surubim fazerem uma assembleia na última terça-feira(08) e decidirem deflagrar greve a partir da próxima semana, a prefeita de Surubim Ana Célia Cabral, aliada de Danilo Cabral, enviou na noite de hoje(10) um projeto de lei retirando direitos dos professores para dar um reajuste salarial de cerca de 38%.
De acordo com o projeto de lei nº004/2022 enviado para os vereadores, a prefeita propõe retirar a gratificação do magistério dos professores que é 20% dos seus salários e incorporar aos vencimentos para dar um aumento de 38,59%. Na prática a gestão municipal dará um aumento de apenas 18,59% aos professores, já que tira 20% que já fazia parte dos salários. Ou seja, tenta maquiar o salário dos professores para anunciar um aumento de 38%, quando na verdade continua descumprindo o reajuste de 33,24% dado pelo Ministério da Educação e que deveria ser nos vencimentos deles , passando a valer desde janeiro.
Além de retirar a gratificação do magistério, o projeto propõe alterar a lei do difícil acesso, limitando a gratificação para 250 reais para os profissionais da educação que trabalham a até 6 quilômetros de suas residências e para 500 reais para quem trabalha acima de 6 quilômetros. Ou seja, os educadores irão ter uma diminuição nos valores que recebem atualmente para se deslocarem até seu trabalho, no dia que a gasolina teve um aumento de 18,8% anunciado pela Petrobras e o diesel 24,9% .
Com seu nome repercutindo nas redes sociais e blogs de todo o estado de forma negativa, pelo descumprimento da lei do piso dos professores, a gestão Ana Célia tenta vender a ideia que está cumprindo a lei com um projeto falho e inconstitucional, já que vai contra uma lei federal. Em ano que Ana tenta eleger seu primo governador, o descaso do seu governo com a educação municipal ecoa em todo o estado e no Palácio do Campo das Princesas. Ontem, inclusive, o famoso blogueiro e jornalista político Magno Martins fez duras críticas à prefeita em seu programa de rádio que vai ao ar para todo o Nordeste, por ela não ter cumprido o reajuste salarial da categoria.
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