quarta-feira, 15 de abril de 2015

Ato contra a terceirização no Recife une sindicatos e movimentos sociais










Manifestação no Recife (Foto: G1)Manifestantes se concentram em frente ao prédio da Fiepe, na Cruz Cabugá (Foto: G1)
Manifestantes realizam ato na tarde desta quarta (15), na área central do Recife, contra o Projeto de Lei 4330/04, que amplia a terceirização do trabalho. Servidores da saúde, da educação, estudantes, sindicatos trabalhistas e movimentos sociais participam da manifestação, convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Eles estão concentrados em frente à Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), na Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, e prometem sair em passeata até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. Segundo a CUT, 3.000 pessoas participam do ato. A Polícia Militar diz que só pode fazer estimativa sobre número de participantes após o início da passeata.

O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, disse que o estado aderiu à paralisação nacional para pressionar o Senado. “Queremos pressionar para fazer com que o projeto de lei da terceirização não passe no Senado. Ele arrebenta com o direito dos trabalhadores. Não dá para cair naquela conversa de que vão regularizar 12 milhões de trabalhadores", disse. "Estamos aqui contra essa pauta conservadora do Congresso. Estão trazendo coisas que já estavam superadas. Eles não querem legalizar 12 milhões de trabalhadores, querem é precarizar a situação", completou Herbert Bezerra, diretor de comunicações da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Um grupo de professores e alunos do Sertão do Pajeú participam do ato. “A gente já tem um grande número de professores contratados nas redes estadual e municipal. Se aprovar essa lei, isso pode virar regra e não é bom. Todo mundo sabe que terceirizado ganha menos, isso só beneficia os grandes empresários. De que vai adiantar estudar se não tem carreira?”, questionou a professora Rosângela Leopoldino, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) no município de São José do Egito.

Servidores da rede estadual de saúde também atenderam à convocação da CUT-PE. “Nós viemos nos manifestar contra o PL 4330. A Saúde hoje é a mais afetada pela terceirização e a tendência é piorar. Já se usa e abusa de terceirizados no estado”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado de Pernambuco (SindSaúde-PE), Tiago Oliveira.

A tesoureira da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe), Natalia Lúcia, disse que decidiu se unir aos trabalhadores na luta contra a terceirização. “A terceirização é o novo trabalho escravo no século 21. A gente apóia também a greve dos professores [da rede estadual], fizemos atos durante essa semana", explicou. “Essa unidade hoje é única e exclusivamente contra esse projeto da terceirização. Isso é um ataque ao direto do trabalhador. A gente sabe que o trabalhador terceirizado ganha 30% a menos que os outros", acrescentou Aldo Lima, integrante da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).

Manifestação no Recife (Foto: G1)

Fonte: G1

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