terça-feira, 25 de agosto de 2015

Dinheiro: Como vencer esse medo?

Oi, tudo bem? É a Lari.

Esses dias eu recebi um e-mail de uma menina que, ao ler sobre a minha história, perguntou qual foi o maior medo que eu senti ao pedir demissão.
Recebemos muitos emails sobre dinheiro e os medos que ele ativa em nós. Esse é um dos temas mais frequentes em processos de mudança e que nós aprofundamos no CSC.
É normal que tenhamos medo quando decidimos virar do avesso a nossa vida. Eu particularmente tinha muito medo de ficar sem dinheiro, e eu sabia que esse medo, de me sentir insegura financeiramente, tinha suas raízes na minha história de vida. Por essa razão, minha empatia é instantânea quando encontro alguém que me diz que trabalha com algo que não lhe traz satisfação, por que ainda não acredita que possa existir um casamento entre fazer o que ama e ganhar dinheiro.
Eu comecei a trabalhar muito cedo, com 16 anos. Minha família passava por uma grave crise financeira. Desemprego, divórcio dos meus pais, foi um época difícil, que tatuou em mim o medo da instabilidade, o medo de ficar sem dinheiro. Embora eu pagasse desde cedo as minhas contas e muitas contas em casa, aprendi como ninguém a poupar e foi nessa época que eu estabeleci uma postura conservadora em relação ao dinheiro. Às vezes me dava um presente ou outro, mas meu dinheiro estava à serviço de engordar minha poupança. Anos mais tarde, eu percebi na verdade, que o meu dinheiro estava à serviço de acalmar o meu medo.
Quando eu senti que eu estava chegando no limite, que o meu desejo de mudança estava prestes a explodir, foi o estopim para que eu começasse a repensar a minha relação com o dinheiro, afinal, me arriscar no mundo do empreendedorismo, automaticamente significaria entrar numa zona de vulnerabilidade financeira. 
O dinheiro não é uma finalidade, mas sim um meio que está a serviço de alguma coisa. Seja a serviço de pagar as suas contas e da sua familia, de proporcionar algum conforto, suprir alguma necessidade. E essa reflexão ficou na minha cabeça: O dinheiro é um facilitador, e como facilitador ele deve estar a serviço do meu sonho.
Pronto, essa era a epifania que eu precisava para finalmente dominar o meu medo de ficar sem dinheiro e a partir desse momento eu comecei a lidar com essa energia de outra forma.
Se esse é o seu medo também, assim como era o meu, talvez essas reflexões lhe ajudem a recriar a sua relação com o dinheiro:
 
1) Antes de mais nada, procure entender qual é a relação que você estabelece com o dinheiro. O dinheiro para você é um fim ou um meio? Você se sente merecedor dele ou não? Quando você vê alguém ganhando dinheiro a partir do seu trabalho, qual é o primeiro pensamento que lhe vêm à cabeça?
 
2) Faça uma reflexão sobre o que é necessidade e o que é desejo. A resposta para isso está na reflexão sobre os seus valores. O que é importante para você? Mais do que isso, o que é inegociável? Elimine os gastos com tudo aquilo que não for puramente necessidade (Veja que o termo "necessidade" não está ligado a condições básicas de sobrevivência, apenas. Pense de uma forma mais ampla. Por exemplo, um violinista profissional "necessita" de um violino de $10 mil para exercer a sua profissão em alto nível. Eu não preciso, para mim seria um luxo desnecessário. Logo, o termo "necessidade" é altamente subjetivo e está ligado ao seu estilo de vida pessoal e profissional, e seus valores)
 
3) Lembre-se: O dinheiro é um potencializador, tanto dos seus medos e vícios quanto das suas forças e virtudes. Encare-o como um meio para realizar coisas. A qual sonho esse dinheiro está a serviço? De que forma ele vai contribuir para a realização do seu sonho? 
 
4) Não se melindre ao discutir sobre dinheiro. Outras pessoas dependem do seu dinheiro? Converse com elas. Explique o seu desejo, abra possibilidades, pensem juntos em soluções.
 
5) Tenha uma mentalidade de abundância. Não pense somente em poupar, mas em como você pode ganhar mais.
 
6) Acredite nessa verdade: Quando fazemos o que amamos, ativamos uma força interior incomensurável, uma determinação nunca antes sentida e acredite, quando ativamos essa força, somos recompensados infinitamente pelo universo, inclusive através da energia do dinheiro.
 

Larissa Mungai

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