domingo, 15 de maio de 2016

Metade dos ministros de Temer são investigados pela Lava Jato

Foto: google imagens
Empreiteiras como Odebrecht, UTC, OAS e Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez fizeram doações eleitorais na campanha de 2014 para 12 dos 24 ministros empossados pelo presidente interino Michel Temer.
Os que declararam doações de empresas que estão na mira da Lava Jato foram José Serra (Relações Exteriores), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Blairo Maggi (Agricultura), Maurício Quintela (Infraestrutura, Portos e Aviação), Raul Jungmann (Defesa), Mendonça Filho (Educação e Cultura), Leonardo Picciani (Esporte), Osmar Terra (Desenvolvimento Agrário), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Bruno Araújo (Cidades) e Ricardo Barros (Saúde).
Entre os campeões de doações estão Henrique Alves (Turismo), que recebeu R$ 7,8 milhões, de um total de R$ 23 milhões que declarou à Justiça Eleitoral ter gasto na campanha em que foi derrotado para o governo do Rio Grande do Norte. Segundo levantamento divulgado pelo Estado, as doações foram feitas principalmente pela Odebrecht (R$ 5,5 milhões) e Queiroz Galvão (R$ 2,1 milhões). Galvão Engenharia (R$ 200 mil) e Andrade Gurierrez (R$ 100 mil) também doaram.
O atual ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima declarou ter recebido R$ 2,3 milhões de R$ 7,1 milhões que ele gastou em sua campanha para o Senado em 2014 pela Bahia. As doações foram feitas pelas empreiteiras baianas Odebrecht (R$ 1,7 milhão) e UTC (R$ 75 mil) e o Banco BTG Pactual. Geddel não conseguiu se eleger.
Na campanha para o Senado, o atal ministro de Relações Exteriores José Serra declarou ter recebido R$ 1,2 milhão da OAS e R$ 856 mil da Andrade Gutierrez. Serra declarou R$ 10 milhões em doações naquele ano.
Alves e Geddel, além de Romero Jucá, são alvos de investigações na Lava Jato. O ministro do Turismo é suspeito de receber dinheiro do dono da OAS, Léo Pinheiro, em troca de favores no Legislativo e em tribunais. Em dezembro, sua casa foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal.
Tanto os políticos quanto as empresas doadoras argumentam que as doações são legais. Para investigadores da Lava Jato, entretanto, o dinheiro é parte de pagamento de propina em troca de vantagens.
Fonte: Brasil247

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